No mês de Julho foi celebrado a famosa rainha egípcia
Hatshepsut, considerada uma representação da Deusa da Cura. Viveu na 18º
dinastia, em 1490 a.e.c. e construiu vários templos dedicadas à Deusa. Na
Irlanda, este é o dia considerado muito favorável à colheita de ervas
curativas. Homenageia-se Airmid, a deusa da cura e da magia, guardiã da fonte
sagrada da saúde. Na Bélgica, ocorre celebrações e procissões das curandeiras e
feiticeiras.
As Bruxas sempre foram vistas como curandeiras do povo,
sempre beneficiando as comunidades em que viviam. Eram as parteiras, as
curandeiras, enfim, as médicas dos vilarejos, onde seus moradores confiavam e
acreditavam. A Tradição Verde na Wicca originou-se de um estilo de uma
“tradição familiar” e é literalmente secular. As Bruxas de antigamente usavam
da tradição das ervas locais para tratar medicinalmente a sua família e os seus
vizinhos. Nenhum bruxo verde escolheu seguir essa tradição, eram verdes por
causa da necessidade do estilo de vida que promovia uma afinidade natural com a
terra e suas fontes. As Bruxas Verdes tem uma longa história de autonomia e
independência. Na maioria dos casos, tinham que depender de si mesmas ou de
seus vizinhos para o que precisassem. Esta era uma Tradição de orientação
verbal e familiar e é duvidoso que estas pessoas pertencessem a grupos e
covens, a menos que alguém se considerasse uma família de imediato, ou um grupo
ou covens estruturado. Na verdade, em vários períodos através da história,
formar grupos grandes teria literalmente sido perigoso devido a perseguição que
teriam que combater.
Por causa das Bruxas Verdes serem tão sintonizadas com a
natureza, elas provavelmente observavam as fases da lua e as passagens das
estações. Não existiam rituais específicos para cada sabbats ou esbats, pois
suas vidas diárias já eram um ritual. Elas incorporaram sua Bruxaria em suas
atividades diárias como cozinhar, limpar, costurar, com a jardinagem, a cura, o
nascimento de nenéns e etc.
Hoje, o que torna uma Bruxa Verde é a descendência de uma
“Bruxa de cozinha” ou uma decisão consciente de focalizar a pessoa ou as
energias dos covens na natureza. O importante é alinhar suas energias com a Mãe
Natureza fazendo venerações aos deuses e deusas da terra.
O ativismo político não é uma exigência da Bruxaria Verde,
mas ser auxiliar dela. É muito comum que um praticante verde seja um consumidor
verde. Nossas avós provavelmente estavam mais em contato com a terra do que nós
estamos hoje porque eles passaram pela depressão (crise econômica) que o
fizeram mais conscientes da importância de não gastar recursos naturais. É
claro que temos vidas bem diferentes das que nossas avós ancestrais tiveram. Em
épocas mais simples o lema era: Invente ou gaste pelo uso, consuma ou faça
sem”. Este ainda é um lema válido para as Bruxas Verdes modernas. No caminho
verde não existe regra ou manual a ser seguido. Viver o Verde, hoje, geralmente
significa viver uma vida simples consciente e autêntica.
As Bruxas Verdes são amigas da terra, são recicladoras, tem
um trabalho de reconhecimento das ervas e óleos, preferem um caminho natural
para a saúde e a cura.
Não existe nenhum manual ou regras de como ser uma Bruxa
Verde, mas abaixo deixo alguns conselhos que fazem a diferença:
- Uma pessoa sempre faz a diferença!
- Dê auxílio às organizações verdes
- Crie um grupo de pessoas para troca de conhecimentos
- Pratique aquilo que você ensina
- Ouça sua voz interior sempre
- Recicle
- Respeite a terra
- Não acredite em tudo que aparece na TV
Reverencie a natureza em todas as suas manifestações.
Retirado do site http://uniaowiccadobrasil.com.br/