segunda-feira, 30 de maio de 2011

CANTOS TRADICIONAIS EM HONRA A DEUSA!


Mãe antiga


Mãe Antiga, ouço Teu chamado
Mãe Antiga, ouço Tua canção
Mãe Antiga, ouço Teu riso
Mãe Antiga, provo Tuas lágrimas
Ísis, Astarte, Diana, Hécate, Deméter, Kali, Inanna
" Ouça agora a palavra das Bruxas, os segredos que na noite escondemos, Quando a obscuridade era caminho e destino, e que agora à luz nós trazemos.

Conhecendo a essência profunda, dos mistérios da Água e do Fogo, E da Terra e do Ar que circunda, Manteve silêncio o nosso povo. O eterno renascimento da Natureza, a passagem do Inverno e da Primavera, Compartilhamos com o Universo da vida, que num Círculo Mágico se alegra.

Quatro vezes por ano somos vistas, no retorno dos grandes Sabbats, No antigo Halloween e em Beltane, ou dançando em Imbolc e Lammas. Dia e noite em tempo iguais vão estar, ou o Sol bem mais perto ou longe de nós, Quando, mais uma vez, Bruxas a festejar, Ostara, Mabon, Litha ou Yule saudar.

Treze Luas de prata cada ano tem, e treze são os Covens também, Treze vezes dançar nos Esbaths com alegria, para saudar a cada precioso ano e dia. De um século à outro persiste o poder, Que através das eras tem sido levado, Transmitido sempre entre homem e mulher, desde o princípio de todo o passado.

Quando o círculo mágico for desenhado, do poder conferido a algum instrumento, Seu compasso será a união entre os mundos, na terra das sombras daquele momento.

O mundo comum não deve saber, e o mundo do além também não dirá, Que o maior dos Deuses se faz conhecer, e a grande Magia ali se realizará.

Na Natureza, são dois os
poderes, com formas e forças sagradas, Nesse templo, são dos os pilares, que protegem e guardam a entrada.

E fazer o que queres será o desafio, como amar a um amor que a ninguém vá magoar, essa única regra seguimos à fio, para a Magia dos antigos se manifestar.

Oito palavras o credo das Bruxas enseja: sem prejudicar a ninguém, faça o que você deseja ..."

"A Deusa Hécate...Apenas aqueles que conhecem suas muitas faces secretas, podem encontrar a Luz que leva ao Caminho Interior

A Nossa Grande Mãe nos diz: De Mim tudo se origina, a Mim tudo retorna. Diante da minha face sereis envoltos no arrebatamento do Infinito..."

Palavras do Guerreiro

Um guerreiro da Luz nunca se acovarda.
A fuga pode ser uma excelente arte de defesa, mas não pode ser usada quando o medo é grande. Na dúvida, o guerreiro prefere enfrentar a derrota e depois curar as feridas- porque sabe que, se fugir, está dando ao agressor um poder maior do que ele merece.
Diante de alguns momentos difíceis e dolorosos, o guerreiro encara a situação desvantajosa com heroísmo, resignação e coragem.
(O Manual do Guerreiro da Luz- Paulo Coelho)


Já cometi esse erro...já resolvi fugir de algumas situaçõe perigosas e de muito medo...e o que ocorreu foi exatamente isso: o agressor se tornou um monstro a aterrorizar meus pensamentos e sonhos...até hoje...
Que a Deusa me ajude a me livrar dos meus fantasmas...

O fim do Ego

Reproduzido aqui com a autorização de José Matos, Iniciações Celestiais:


O que é importante é que todos de uma vez por todas façam mais e melhor em vez de serem fanfarrões. Muitos dos que apregoam o ego dos outros, são como cegos que não vêm as suas próprias projecções.

Em vez de apontar o argueiro no olho do seu irmão, devem olhar na trave que têm em si, e enquanto é tempo.

Poucos perceberam ainda o que significa a cessação do ego, uma vez que poucos lá chegaram e destes muito poucos partilham essa informação, do “como é realmente”, uma vez que “as provações finais” os impedem dessa divulgação .

Alguns já estudaram muito acerca disso. Falam, falam, falam do que lêem, do que pensam como poderá ser…
Mas para aqueles que continuam, umas vezes sem querer mas sem voltar a trás e resolver a contenda com o seu semelhante, outras vezes sabendo que estão a errar deliberadamente, Deus cega os olhos e os ouvidos para que não vejam nem ouçam antes que certa lição seja aprendida. Não encontram o que procuram e apenas vem ao seu encontro o que não procuram. Mas até no que não procuram está muitas vezes o Mestre da Vida disfarçado. Mas eles não aceitam… o seu ego… Continuam na perigosa rebeldia…

Aquele que quiser ser exaltado será rebaixado e o que quer ser humilde ascenderá naturalmente.

O que quiser ser líder sem saber a Vontade que flui no coração reinará no deserto ou nas trevas apesar de não se aperceber disso. O que quiser ser escravo e servidor Eu o colocarei no Trono.

Em tudo na vida se está a ser testado. Aqueles que sabem mais (ou pensam que sabem mais) devem ter especial cuidado. Com esses exemplos de afirmação do ego, então como lidarão com a espiritualidade os perdidos, os sofredores, os ainda incipientes das coisas do Céu e da Terra?

Falam coisas avançadas, utilizam uma linguagem que a maior parte das pessoas não entende o que eles dizem… mas eles falam para quem? Para si próprios?

Querem aprender a ascender sem gratidão, extraem o ouro do altar para se enfeitar a eles próprios… querem oferecem o pão a quem acabaram de o tirar… mas eles estão a querer ajudar quem, apenas a si próprios?

Onde está a paz, o amor, a fraternidade? A humildade? A igualdade? A Pobreza de Espírito?

Não basta em consciência estar na espiritualidade e fazer algum bem no dia-a-dia para se salvar. A qualquer momento o castelo de cartas poderá cair… e como é fácil isso acontecer. Basta um pensamento meu.

Para esses que sabem muito (ou pensam que sabem muito) eu sou muito exigente. E quando a lição vem e eles não a aceitam, apesar de muitas vezes a identificarem no coração, por cada sorriso de sarcasmo ou revolta eu adicionarei uma provação mais ao seu caminho.

É preciso essencialmente “fazer a vontade do Pai dos Céus” que flui do coração. E muitos sábios ainda não encontraram o procuram, e não encontrarão, enquanto não aceitarem a Vontade que flui no coração de todos os seres.

Enquanto cismarem no alimento do ego, apesar de pensarem que não…, não encontrarão!

J.C.
Mensagem canalizada espiritualmente

sábado, 28 de maio de 2011

Crenças Wiccanas by União Wicca do Brasil

Excelente texto que eu reproduzo do Site da União Wicca do Brasil:

Com base nos acontecimentos relatados em nossos mitos, na ciência e no dinamismo presente em toda a natureza, nós acreditamos na existência de outros mundos ou dimensões espirituais, bem como na existência da vida após a morte e na reencarnação da alma. De acordo com o mito, quando morremos voltamos para o útero da Deusa, que é a própria terra, e nossa alma fica vivendo em outro mundo enquanto rejuvenesce e espera para renascer.
 A física já provou a existência de várias dimensões e universos paralelos. E na natureza, quando morremos, nosso corpo se decompõe, nossa matéria se desagrega, tornando-se adubo e sendo absorvido por outros seres, com nossos átomos circulando na teia alimentar, em todos os reinos. Tais fatos justificam e fortalecem nossa crença.A Wicca não possui um livro sagrado como outras religiões, pois as antigas tradições e ensinamentos que perpetuamos, eram transmitidos, na maioria das vezes, oralmente.
 O único dogma da fé wiccana é um provérbio conhecido como “Rede Wiccan” (Conselho Wiccano), que adverte o seguinte: “Faça o que quiseres, sem a ninguém prejudicar. Mas este conselho deve ser interpretado de forma flexível, visto que é impossível viver sem causar um mínimo de dano a outrem, sejam os insetos, os animais dos quais nos alimentamos, e mesmo em casos de autodefesa.
Outra advertência conhecida é a “Lei Tríplice”, uma lei espiritual que diz o seguinte: “Tudo o que fizeres, a ti retornará multiplicado por três”. Portanto nós somos os únicos responsáveis por nossas ações e devemos estar plenamente cientes de suas consequências, cabendo a nós fazermos o que quisermos, desde que usemos do bom senso e da ética.Esse fato tende a dificultar a permanência de algumas pessoas na religião Wicca, pois muitos acreditam depender de intermediários para alcançar os deuses e não conseguem se responsabilizar por suas próprias vidas, e por comodismo, preferem recorrer a terceiros para a indulgência.
Não é fácil ser um wiccano. É necessário conseguir romper com muitos paradigmas e conceitos que estão arraigados em nosso inconsciente, num processo de regressão a condição original do homem: de viver em harmonia com o meio ambiente e com o todo, sem medo ou culpa. Esse processo pode ser difícil para algumas pessoas, até mesmo doloroso, pois é como superar traumas e quebrar barreiras que já fazem parte de nossa estrutura social e cultural, como alguns conceitos de “certo” e “errado”.
Uma barreira que as pessoas costumam  ter, é a cerca das relações que existem entre nossos deuses. Nós adoramos uma deusa que se une sexualmente com seu próprio filho. A sociedade tende a julgar isso como incesto, mas devemos nos lembrar que nossos deuses são o reflexo da natureza, e entre os demais seres vivos, esta é uma relação comum, que ocorre quando necessário. Também não devemos nos esquecer que estamos falando de uma relação simbólica coerentemente contextualizada no mito. Isso não quer dizer que wiccanos pratiquem ou mesmo incentivem o incesto, até mesmo porque sabemos que biologicamente não é uma relação das mais seguras, pois pode gerar descendentes com problemas genéticos.
Outra dificuldade que algumas pessoas podem ter, é aceitar que adoramos um deus que tem chifres. Em todas as antigas culturas, os chifres são símbolo de poder, sabedoria, força e virilidade. Isso nada tem a ver com o “Diabo” da mitologia judaico-cristão, cujo nome é Shaitan, que originalmente não tinha forma, depois foi retratado como um “anjo caído”, e posteriormente foi associado à figura de vários deuses pagãos que tinham chifres, especialmente o deus grego Pã e o indo-europeu Cernnunos.
Texto escrito pelo Sacerdote Diogo Ribeiro – União Wicca do Brasil

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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Sobre as Deusas...


Começando por Morgana que sempre me intrigou e deixou mesmo "no ar" essa confusão de informações e interpretações:
Morgana: Morgana representa na lenda arturiana, a figura de uma Deusa Tríplice da morte, da ressureição e do nascimento, incorporando uma jovem e bela donzela, uma vigorosa mãe criadora ou uma bruxa portadora da morte. Sua comunidade consta de um total de nove sacerdotisas (Gliten, Tyrone, Mazoe, Glitonea, Cliten, Thitis, Thetis, Moronoe e Morgana) que, nos tempos romanos, habitavam uma ilha diante das costas da Bretanha. Falam também das nove donzelas que, no submundo galês, vigiam o caldeirão que Artur procura, como pressagiando a procura do Santo Graal. Morgana faz seu debut literário no poema de Godofredo de Monntouth intitulado "Vita Merlini", como feiticeira benigna. Mas sob a pressão religiosa, os autores a convertem em uma irmã bastarda do rei, ambígua, freqüentemente maliciosa, tutelada por Merlim, perturbadora e fonte de problemas.
Nenhum personagem feminino foi tão confusamente descrito e distorcido como Morgana ou Morgan Le Fay. A tradição cristã a apresenta como uma bruxa perversa que seduz seu irmão mais novo, Artur, e dele concebe o filho. Entretanto, nesta época, em outras tribos celtas, como em muitas outras culturas, o sangue real não se misturava e era muito comum casarem irmãos, sem que isso acarretasse o estigma do incesto.
Morgana e Artur tiveram um filho fruto de um Matrimônio Sagrado entre a Deusa (Morgana encarna como Sacerdotisa) e o futuro rei.
O "Matrimônio Sagrado" era um ritual, no qual a vida sexual da mulher era dedicada à própria Deusa através de um ato de prostituição executado no templo. Essas práticas parecem, sob o ponto de vista da nossa experiência puritana, meramente licenciosas. Mas não podemos ignorar que elas faziam parte de uma religião, ou seja, eram um meio de adaptação ao reino interior ou espiritual. Práticas religiosas são baseadas em uma necessidade psicológica. A necessidade interior ou espiritual era aqui projectada no mundo concreto e encontrada através de um ato simbólico Se os rituais de prostituição sagrada fossem examinados sob essa luz, torna-se evidente que todas as mulheres devessem, uma vez na vida, dar-se não a um homem em particular, mas à Deusa, a seu próprio instinto, ao princípio Eros que nela existia. Para a mulher, o significado da experiência devia residir na sua submissão ao instinto, não importando que forma a experiência lhe acontecesse.

Mais recentemente com a retratação da mesma em "As Brumas de Avalon":

"... eu, que sou Morgana, conto-vos estas coisas, Morgana que em tempos mais recentes foi chamada Morgana, a Fada." (As Brumas de Avalon, Marion Zimmer Bradley)











Palavras do Guerreiro

Um guerreiro da Luz tem qualidades de uma Rocha.
Quando está em terreno plano- tudo á sua volta encontrou a harmonia- ele se mantem estável. As pessoas podem construir suas casas em cima do que foi criado, porque a tempestade não será destruidora.
Quando, porem, o colocam em terreno inclinado- e as coisas à sua volta não demonstram equilíbrio ou respeito- ele revela sua força; rola em direção ao inimigo que ameaça a paz. Nesses momentos, o guerreiro é devastador, e ninguem consegue detê-lo!
Um guerreiro da Luz pensa na guerra e na paz ao mesmo tempo, e sabe agir de acordo com as circunstâncias...
(O Manual do Guerreiro da Luz- Paulo Coelho)

quinta-feira, 26 de maio de 2011


O primeiro ritual de amor que você lançar deve ser para si mesmo (a). Faça este ritual reverenciando seu corpo para curar as feridas do passado e ajudá-lo (a) a aceitar o corpo que tem, concebido para sentir e dar prazer.

Numa sexta-feira, dia da semana consagrado a Vênus, deusa do amor e da beleza, à noite, invoque seu deus interior ou sua deusa interior. Acenda uma vela cor-de-rosa no banheiro e tome um longo banho relaxante com seus óleos aromáticos preferidos. O cor de rosa representa o amor, por si mesmo inclusive, e a aceitação. Depois de um banho , seque-se com uma toalha bem fofa e macia. À luz da vela, massageie seu corpo todo com uma loção ou óleo perfumado, enquanto imagina que está sendo preparado (a) como um deus ou uma deusa em um templo. Olhe-se num espelho, de preferência de corpo inteiro, e diga:

"Vênus, Afrodite, eu vos peço,

Com vossa aceitação e amor banhai meu corpo,

Dádiva divina e santuário de prazer,

Concedido a todos os homens e mulheres!"

Depois do banho ritual, sinta o calor e o carinho dos deuses e deusas espalhando-se pelo seu corpo. Dedique alguns pensamentos às deusas do amor, para despertar o espírito de Afrodite ou Vênus, dizendo:

"Eu respeito o meu corpo, morada da minha alma, que me dá o prazer e a graça de ser homem/mulher."

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Os Sabbats


Os oito Sabbats, celebrados a cada ano pelos Covens dos Bruxos e pelos Bruxos Solitários, são belas cerimônias religiosas derivadas dos antigos festivais que celebravam, originalmente, a mudança das estações do ano. Os Sabbats, também conhecidos como a "Grande Roda Solar do Ano" e "Mandala da Natureza", têm sido celebrados sob formas diferentes por quase todas as culturas no mundo. São conhecidos sob vários nomes e aparecem com freqüência na mitologia.

Os quatro Sabbats principais (ou grandes) correspondem ao antigo ano gaélico e são chamados de Candlemas, Beltane, Lammas e Samhain. Os quatro menores são Equinócio de Primavera, Solstício de Verão, Equinócio do Outono e Solstício de Inverno.

Ao contrário da imagem que muitas pessoas têm do Sabbat dos Bruxos, eles não constituem uma ocasião em que as Bruxas se reúnem para realizar orgias, lançar encantamentos ou preparar poções misteriosas. A magia raramente é realizada, se é que isso acontece, num Sabbat de Bruxos. O Sabbat, infelizmente tem sido confundido também com a "Missa Negra" Satânica ou "Sabbat Negro", sendo esse outro conceito errado que muitas pessoas têm e que é decorrente de séculos de propaganda antipagã da Igreja, do medo, da ignorância e da imaginação excessiva dos escritores desde a Idade Média. Uma Missa Negra não é um Sabbat de Bruxos, mas uma prática satânica que parodia o principal ritual do Catolicismo e que inclui supostamente o sacrifício de bebês não batizados, orgias sexuais pervertidas e a recitação de trás para frente do "Pai Nosso".

Nada disso jamais acontece nos Sabbats dos Bruxos. Não há sacrifícios (humano ou animal), não há o que chamam de magia negra, não há rituais anticatólicos. Os Sabbats são simplesmente uma ocasião em que os Bruxos celebram a Natureza, dançam, cantam, deleitam-se com alimentos pagãos e honram as deidades da Religião Antiga (principalmente a Deusa da Fertilidade e Seu Consorte, o Deus). Em certas tradições wiccanas, a Deusa é adorada nos Sabbats de Primavera e do Verão, enquanto o Deus é homenageado nos Sabbats do Outono e do Inverno.

A celebração de cada Sabbat é uma experiência espiritual intensa e sublime que permite aos wiccanos permanecerem em equilíbrio harmonioso com as forças da Mãe Natureza.


SabbatHemisfério SulHemisfério Norte
Samhain1 de Maio31 de Outubro
Yule21 de Junho (aprox.)*21 de Dezembro (aprox.)*
Candlemas1 de Agosto2 de Fevereiro
Ostara20 de Setembro (aprox.)*20 de Março (aprox.)*
Beltane31 de Outubro1 de Maio
Litha21 de Dezembro (aprox.)*21 de Julho (aprox.)*
Lammas2 de Fevereiro1 de Agosto
Mabon20 de Março (aprox.)*20 de Setembro (aprox.)*
* Para ver data e hora desses eventos em 2009, clique no nome de cada um deles.


Fonte: 'Wicca - A Feitiçaria Moderna', de Gerina Dunwich

Os Esbats


 
Além dos oitos Sabbats, os povos celtas celebravam também os Esbats, ou seja, as treze luas cheias ao longo do ano solar. A lua cheia foi venerada durante milênios por grupos de homens e mulheres, reunidos nos bosques, nas montanhas ou na beira da água, como a manifestação visível do princípio cósmico feminino, na forma das deusas lunares ou da Vovó Lua. Com o advento das religiões patriarcais, houve uma divisão na vida religiosa familiar. Os homens passaram a reverenciar os deuses – solares e guerreiros -, enquanto que as mulheres continuavam se reunindo para celebrar a lua cheia e honrar a Grande Mãe. A cristianização forçada e, principalmente, as perseguições dos "caçadores de bruxas" durante os oito séculos de Inquisição, procuraram erradicar a "adoração pagã da Lua" e os Esbats foram considerados orgias de bruxas e manifestações do demônio.

A palavra Esbat deriva do verbo esbattre, em francês arcaico, significando "alegrar-se", pois essas celebrações não eram tão solenes como os Sabbats, proporcionando, além dos trabalhos mágicos, uma atmosfera jovial. Há também uma semelhança com a palavra "estrus" – o ciclo lunar de fertilidade -, reforçando a idéia da repetição mensal dessas comemorações.

Durante os Esbats, reverencia-se a força vital criativa, geradora e sustentadora do universo, manifestada como a Grande Mãe. A noite de lua cheia ou o plenilúnio, é o auge do poder da Deusa, sendo o momento adequado para rituais de cura e trabalhos mágicos. Usam-se altares – simples ou elaborados – com os símbolos da Deusa e acrescentam-se os elementos específicos da lunação. Além dos rituais, há cantos, danças, contam-se histórias e fazem-se meditações. No final, comemora-se repartindo pão ou bolo e bebendo-se vinho, suco ou chá, brindando à Lua e ofertando um pouco à natureza em sinal de gratidão à Mãe Terra. O pão sempre simbolizou o alimento tirado da terra, enquanto que o vinho favorecia a atmosfera de alegria e descontração.

Atualmente, os plenilúnios são comemorados não somente pelos grupos estruturados da Wicca (os covens), neo-pagã ou xamânica, mas também por grupos de mulheres ou pelos "solitários". A Deusa está cada vez mais presente na vida e na alma das mulheres, os raios prateados da Lua realçando suas múltiplas faces.

Na Antiga Tradição, nas reuniões praticadas por covens ou individualmente, o ponto máximo do Esbat é o ritual de "Puxar a Lua", ou seja, imantar uma sacerdotisa ou mulher com a energia da Deusa. O objetivo desse ritual é triplo: primeiro, procura-se a união com a Deusa para compreender melhor seus mistérios; segundo, busca-se imantar o espaço sagrado com a energia mágica da Deusa e, em terceiro lugar, objetiva-se o equilíbrio dos ritmos lunares das mulheres e o aumento da fertilidade, física e mental. Para atrair a energia da Lua, usa-se o punhal ritualístico (átame) ou um bastão consagrado, direcionando-o para um cálice com água. Invoca-se a Deusa e expõe-se seu pedido ou, simplesmente, entra-se em contato com sua essência, deixando-a penetrar em todo seu ser. Fundir-se com a energia da Deusa é um ato de realização espiritual e jamais deve ser usado com fins egoístas, forjando mensagens ou avisos "recebidos" durante o ritual. Quando o propósito é sincero e o coração puro, a experiência é sublime e comovente. Após um tempo de interiorização e contemplação, tornam-se alguns goles da água "lunarizada" e despeja-se o resto sobre a terra, para "fertilizá-la". Como em outros rituais, os Esbats devem ser feitos após invocar-se os Guardiões das direções e os elementos correspondentes, criando-se o círculo mágico.

Além desse ritual tradicional e formal, pode-se celebrar o plenilúnio de forma mais complexa e criativa, usando-se os conhecimentos astrológicos da polaridade Sol-Lua. Durante a lua cheia, a Lua se encontra no signo oposto ao do Sol, estabelecendo-se, assim, um eixo de complementação. Em certos grupos mistos, trabalha-se a polaridade Sol-Lua reverenciando-se o casal divino, representado por deuses solares e deusas lunares, escolhidos conforme as características astrológicas e espirituais do mês.



Calendário Lunar 2011
NovaCrescenteCheiaMinguante
04/01 06:0412/01 08:3319/01 18:2326/01 09:58
02/02 23:3211/02 04:2018/02 05:3724/02 20:28
04/03 17:4712/03 20:4619/03 15:1126/03 09:09
03/04 11:3411/04 09:0717/04 23:4524/04 23:48
03/05 03:5210/05 17:3417/05 08:1024/05 15:53
01/06 18:0408/06 23:1215/06 17:1523/06 08:50
01/07 05:5508/07 03:3115/07 03:4123/07 02:03
30/07 15:4106/08 08:1013/08 15:5921/08 18:56
29/08 00:0504/09 14:4112/09 06:2820/09 10:40
27/09 08:1004/10 00:1611/10 23:0720/10 00:32
26/10 16:5702/11 13:3910/11 17:1718/11 12:10
25/11 03:1102/12 06:5410/12 11:3817/12 21:49
24/12 15:08---
Fuso -3. No horário de verão adicione 1 hora ao valor listado.
Fonte: Astronomia no Zênite


Fonte: 'O Anuário da Grande Mãe', de Mirella Faur

O Mito da Roda do Ano




Em Samhain, o Festival do retorno da Morte, os portões dos mundos se abrem e a Deusa transforma-se na Velha Sábia, a Senhora do Caldeirão, e o Deus é o Rei da Morte que guia as almas perdidas através dos dias escuros de Inverno.

Em Yule, a escuridão reina como se estivéssemos no caldeirão da Deusa. Assim, o Rei das sombras transforma-se na Criança da Promessa, o Filho do sol, que deverá nascer para restaurar a Natureza.

Em Candlemas, a luz cresce, o Deus nascido em Yule se manifesta com todo seu vigor, e a Criança da Promessa cresce com a vitalidade e é festejada, pois os dias tornam-se visivelmente mais longos e renova-se a esperança.

Em Ostara, luz e sombras são equilibradas. A luz da vida se eleva e o Deus quebra as correntes do inverno. A Deusa é a Virgem e o Deus renascido é jovem e vigoroso. O amor sagrado da Deusa e do Deus é a promessa do crescimento e da fertilidade.

Em Beltane, a Deusa se transforma em um lindo Cervo Branco e o jovem Deus é o Caçador alado. Ao ser perseguida pela floresta, o Cervo Branco se transforma em uma linda mulher, e assim Eles se unem e a sua paixão sustenta o mundo.

Chega então Litha, a Deusa é a Rainha do Verão e o Deus, um homem de extrema força e virilidade. O Sol começa a minguar e o Deus começa a seguir rumo ao País de Verão. A Deusa é pura satisfação e demonstra isso através das folhas verdes e das lindas flores do verão.

Em lammas, a Deusa dá a luz e o Deus novamente morre pela Deusa. A Deusa precisa de sua energia de vida para que a vida possa crescer e prosseguir. O Deus se sacrifica para que a humanidade seja nutrida, mas através do grão Ele renasce. No ápice de sua abundância, ele retira através Dela.

Em Mabon, as luzes e as trevas se equilibram novamente; porém o Sol começa a minguar mais rapidamente. O Deus torna-se então o Ancião, o Senhor das Sombras.

Chega novamente Samhain e então o ciclo recomeça, e assim tudo retorna à Deusa. Assim sempre foi e será!

Fonte: Green Wicca 
A Deusa da Lua possui três aspectos: crescente, é donzela; cheia, é a Mãe; minguante é a anciã. Parte do treinamento de cada iniciado implica períodos de meditação sobre a Deusa em seus vários aspectos. Abaixo segue uma meditação para cada um dos três aspectos da lua.


MEDITAÇÃO DA LUA CRESCENTE 

Concentre-se e centre-se. Visualize uma lua crescente cor de prata, que se curva para a direita.
Ela é o poder daquilo que inicia, do crescimento e geração. Ela é tempestuosa e indomada, como as idéias e planos antes de serem equilibrados pela realidade. Ela é a página em branco, o campo não semeado.
Sinta as suas próprias possibilidades escondidas e potenciais latentes; seu poder para iniciar e crescer. Veja-a como uma menina de cabelos prateados correndo livremente pela floresta sob a lua delgada.
Ela é virgem, eternamente não penetrada, a ninguém pertencendo, exceto ela mesma. Invoque seu nome, "Nimuël", e sinta poder dentro de você.

MEDITAÇÃO DA LUA CHEIA 

Concentre-se e centre-se e visualize uma lua cheia.
Ela é a mãe, o poder de realização e de todos os aspectos da criatividade. Ela nutre aquilo que foi iniciado pela lua nova.
Veja-a abrindo os braços, os seios abundantes, o ventre desabrochando em vida. Sinta seu próprio poder de nutrir, dar, tornar manifesto o que é possível.
Ela é a mulher sexual; seu prazer na união é a força motriz que sustenta toda a vida. Sinta o poder em seu próprio prazer, no orgasmo.
Sua cor é o vermelho do sangue, que é vida. Invoque seu nome "Maril" e sinta sua própria capacidade de amar.

MEDITAÇÃO DA LUA MINGUANTE

Concentre-se e centre-se. Visualize uma lua minguante, que se curva para a esquerda, envolta pelo céu escuro.
Ela é a anciã, a velha que ultrapassou a menopausa, o poder de terminar, da morte. Todas as coisas devem terminar a fim de suprir os seus inícios. O grão que foi plantado deve ser cortado. A página em branco deve ser destruída, para que a obra seja escrita.
A vida se alimenta da morte; a morte conduz à vida e, nesse conhecimento, encontra-se a sabedoria.
A velha é a mulher sábia, infinitamente velha. Sinta a sua própria idade, a sabedoria da evolução armazenada em cada célula do seu corpo.
Conheça o seu próprio poder para terminar, para perder assim como ganhar, para destruir aquilo que está estagnado e decadente.
Veja a velha em seu manto negro sob a lua minguante; invoque seu nome "Anul" e sinta seu poder em sua própria morte.


Fonte: A Dança Cósmica das Feiticeiras, STARHAWK

A Serpente



Eu sou a Serpente. A Serpente de seus mitos e dos seus sonhos, do seu ser e dos seus desejos. Temida e desejada. CONHEÇA-ME!
Quando você mergulha nas profundezas mais sombrias da vida, ou quando aspira alcançar brilhantes pináculos de sua alma, saiba que é sempre a Serpente que torna isso possível.
Sou a tentadora, a sedutora de seus mitos. Por meio da abertura da mulher, das entranhas do homem, sou capaz de conduzir você da luz para a escuridão, do espírito para a matéria. Nunca se deixe iludir: a sua natureza é sempre dupla, você é um ser de dois mundos que, por meu intermédio, se transformam numa unidade. É na forma da Serpente Midgard que faço isso. Uma Serpente que engole sua própria cauda e, dessa forma, mantém o mundo coeso. Ou talvez este seja o abraço da vida.
Através do ser humano, que sempre quer atingir algo mais distante e mais elevado, eu me transformo na Serpente do Arco-Íris, por meio do qual você pode atravessar todas as cores do espectro do ser, até chegar à fonte, à totalidade, à luz branca que brilha acima e da qual, na verdade, você é apenas um aspecto.
Alguns me vêem como uma árvore. Uma árvore onde estão presas suas maiores aspirações. A morte e a vida são apenas duas faces de uma mesma moeda. É preciso nascer para poder morrer e morrer para poder nascer.
Você caiu da luz para a escuridão e agora está fazendo o percurso de volta à luz. Você também é uma criatura do arco-íris.
Cada cor existe como filha da luz e da escuridão. 
Tudo existe dentro de você.

Asa Noturna (um Guerreiro dos Quatro Ventos)

A Deusa!

Amo e respeito sinceramente a força e a presença da Deusa em minha vida, e a reconheço presente em mim desde minhas antepassadas em um tempo antigo onde havia primeiro a liberdade e depois a perseguição, graças ao medo e a intolerância ao desconhecido, ao que não se pode controlar com dogmas e autoritarismo.
Mas vivo nos dias de hoje e mesmo que durante o dia lembranças e sensações me invadam, me levando para o passado distante, preciso fincar meus pés no chão e perceber principalmente que devo cumprir o que me foi pedido e o que eu escolhi antes de retornar e aceitar essa vida, essa missão.
No momento me sinto confusa com sentimentos de hoje e do passado, misturando as pessoas aqui e lá trás... tentando entender alguns fatos,mas ainda acreditando na justiça e perdão divinos.
Esse retorno está se mostrando difícil, mas necessário, encontro barreiras e rancor de pessoas das quais eu já tentei repetidamente pedir perdão...
A elas, aviso que estou em busca da compreensão e do entendimento de tudo que ocorreu: hoje e no passado, e que assim que completar todo o ciclo as procurarei uma a uma, não para que voltemos ao ponto inicial de irmandade e amor, pois sei que isso para vocês seria impossível de aceitar, mas para que se quebre o círculo de mágoas e perseguições...e para que todas possamos seguir nossas trajetórias em paz...
Eu não tenho ódio e nem desejo de vingança, não preciso me defender e tampouco defender ninguém de nada... Confio na Grande Mãe e na sua capacidade de discernimento e aceito sem reservas o que me ocorrerá... sugiro que vocês também confiem!

“Que assim seja que assim se faça!”

A Verdadeira Guerreira

“A verdadeira guerreira não se perturba
quando as circunstâncias da vida escapam do seu controle,
porque ela não pretende controlar a vida...
Ela precisa e deseja viver...
A verdadeira guerreira tem consciência de que o pássaro
que voa de suas mãos precisa e deseja voar,
assim como a chuva que refresca seu coração
precisa e deseja chegar...
Pássaro e chuva são idas e vindas da vida,
que a verdadeira guerreira alcançou compreender...
Idas e vindas que hoje,
naturalmente, ela deixa acontecer...”

( xamã Sherotáia Kê Takoshemí)

"Surrender is faith that the Power of Love can accomplish anything even when you cannot foresee  the outcome."
Deepack Chopra

A rendição é a fé que o poder do amor pode realizar qualquer coisa, mesmo quandovocê não pode prever o resultado.
Deepack Chopra

OMAR AKRAM - Surrender

O Destino do Coração

terça-feira, 24 de maio de 2011

Livros transformadores


Vamos ler?

DANÇA CÓSMICA DAS FEITICEIRAS, Starhwak
A GRANDE DEUSA, Jean Markale
A GRANDE MÃE, Eric Neumann
AS DEUSAS E A MULHER MADURA, Jean Shinoda Bolen
AS DEUSAS EM CADA MULHER, Jean Shinoda Bolen
CAMINHO DA INICIAÇÃO FEMININA, Sylvie Perera
LA FEMME CELTE, Jean Markale
MULHERES & DEUSAS, Rosa Leonor Pedro
MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS, Clarissa Pinkola Estés
O ANEL DO PODER, Jean Shinoda Bolen
O ANUÁRIO DA GRANDE MÃE, Mirella Faur
O CAMINHO DA DEUSA, Patricia Monaghan
O CÁLICE E A ESPADA, Riane Eisler
O FEMININO REENCONTRADO, Nathalie Durel Lima
O MILIONÉSIMO CÍRCULO, Jean Shinoda Bolen
O RETORNO DO FEMININO, Maria Flávia de Monsaraz
O VALOR DA MULHER, Marianne Williamson
TANTRA - O CULTO DA FEMINILIDADE, André Lysebeth
TRAVESSIA PARA AVALON, Jean Shinoda Bolen

Cheguei!

Estou aqui agora...resolvi ficar um pouquinho por aqui nesse Planeta...afinal não tenho opção no momento...rs e o melhor é aproveitar e trazer pra cá um pouco do que já vi e conheci das minhas andanças...e pode acreditar...será uma mistura de cores, pessoas, paisagens, épocas!
Quem sabe você não aparece por aqui também?
Nesse caldeirão pode caber tudo, absolutamente tudo!